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OPERAÇÃO CONTRA QUADRILHA DE AGIOTAS PRENDE 16 SUSPEITOS, APREENDE RELÓGIO DE LUXO E R$ 150 MIL EM SP E MG

Publicada em: 03/06/2025 15:02 - Polícia

A segunda fase da Operação "Castelo de Areia", deflagrada nesta terça-feira (3) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e Polícia Militar contra uma quadrilha de agiotas que atuava na região de Franca (SP), prendeu 16 suspeitos, apreendeu artigos de luxo, dinheiro em espécie e cheques.

As investigações apontam que o grupo emprestava dinheiro a juros exorbitantes e depois cobrava as vítimas por meio de graves ameaças e violência. Ao todo, os integrantes movimentaram ao menos R$ 67 milhões, e os presos na primeira fase da operação já foram condenados.

 Dentre os presos desta terça-feira, 14 foram encontrados na cidade de Franca, um em Ribeirão Preto (SP) e outro, em Pedro Leopoldo (MG). Há, ainda, uma pessoa considerada foragida.

 As equipes também cumpriram 22 mandados de busca, que resultaram na apreensão de:

 15 aparelhos celulares;

  • Computadores;
  • Documentos contendo anotações sobre a agiotagem;
  • 3 armas de fogo;
  • R$ 50 mil em espécie;
  • R$ 100 mil em cheques;
  • Artigos de luxo, como um relógio Rolex.

 Além disso, veículos dos investigados foram bloqueados administrativamente.

 Operação contra quadrilha de agiotas apreendeu relógio de luxo e R$ 150 mil — Foto: Gaeco

 R$ 67 milhões

 Os presos nesta terça-feira movimentaram cerca de R$ 31 milhões nos últimos quatro anos. Já na primeira fase da operação, que ocorreu entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, sete pessoas acabaram presas suspeitas de movimentar outros R$ 36 milhões.

 Em dezembro do ano passado, todas elas, incluindo um ex-policial civil, foram condenadas a 20 anos de prisão.

 Segundo o Gaeco, mesmo com as prisões anteriores, outros integrantes mantiveram a quadrilha ativa e diziam em conversas entre eles que "nada os intimidariam e, até mesmo, jamais seriam punidos". Isso motivou a deflagração da segunda fase da operação, nesta terça-feira.

 Condenados

 Entre os crimes pelos quais os réus foram condenados estão lavagem de dinheiro, organização criminosa, usura, corrupção ativa e passiva.

 Na decisão, o juiz Orlando Brossi Júnior destacou o esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha.

 "Assim, inequívoco que todos agiam na prática da usura, cobrança por meio de ameaças e lavagem de capitais, com a finalidade de dissimular a origem ilícita do dinheiro, dando aparência lícita aos vultosos valores obtidos por meio destas atividades", cita trecho.

 Segundo o Gaeco, as investigações apontaram que a quadrilha emprestava dinheiro a juros exorbitantes e posteriormente cobrava as vítimas por meio de graves ameaças e violência.

 Os lucros obtidos, de acordo com a Promotoria, eram reaplicados no esquema ou então destinados para a abertura de empresas de fachada, na compra de veículos e imóveis, como forma de lavagem de dinheiro.

 Fonte: G1

 

 

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